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Quais nutrientes e vitaminas tem sido demonstrados para auxiliar no tratamento do autismo?

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By Dr. Julio Caleiro, nutricionista. Fone do consultório: 35-3531-8423.

N-Acetilcisteína (NAC)

Um desequilíbrio nos sistemas excitatório/inibitório com anormalidades nas vias glutamatérgicas tem sido implicado na patofisiologia do autismo. Além disso, a produção alterada de radicais livres também foi recentemente associada a esse transtorno. O autismo é uma alteração cerebral, uma desordem que compromete o desenvolvimento psiconeurológico e afeta a capacidade da pessoa se comunicar, compreender e falar, portanto, afeta seu convívio social.

Um estudo publicado em junho de 2012 na Biological Psychiatry avaliou a viabilidade do uso oral de N-acetilcisteína (NAC) no tratamento de distúrbios comportamentais em crianças com autismo.

A pesquisa coordenada por Antonio Hardan, da Universidade de Stanford, na Califórnia (EUA), revelou o efeito benéfico da suplementação com NAC em crianças com diagnóstico de autismo. Além da redução do comportamento repetitivo, o aminoácido diminuiu a irritabilidade, sintoma frequente nessas crianças e que muitas vezes necessitam do tratamento com medicamentos.

A equipe dividiu 33 crianças autistas com idades variando entre 3 e 11 anos para receber uma certa dose de NAC durante 4 semanas; em seguida a dose duas vezes/dia por 4 semanas; e a mesma dose três vezes/dia durante mais 4 semanas. O comportamento foi avaliado no início do estudo e nas semanas 4, 8 e 12.

Uma melhoria significativa da irritabilidade foi observada em crianças que receberam NAC em comparação ao grupo que recebeu placebo, junto a uma redução de comportamentos repetitivos e típicos e efeitos colaterais limitados. Embora os efeitos documentados no estudo não foram tão expressivos quanto aos obtidos por medicamentos-padrão, o aminoácido pode vir a ser uma terapia alternativa para algumas crianças com autismo.

* Fonte: Revista Online Pharmacia Essentia

VITAMINA B12 E ÁCIDO FOLÍNICO

Um estudo clínico recente sugere que a suplementação com vitamina B12 (metilcobalamina) e ácido folínico (que tem atividade de vitamina equivalente ao ácido fólico) pode beneficiar CRIANÇAS AUTISTAS. Os cientistas acreditam que esses nutrientes podem ter efeito terapêutico em anormalidades metabólicas subjacentes a algumas condições neurocomportamentais, como o AUTISMO.

“As melhorias significativas…sugerem que a intervenção nutricional com a vitamina B12 (metilcobalamina) e ácido folínico pode ser de benefício clínico em algumas crianças que tem autismo”, concluíram os investigadores. (Fonte: Am J Clin Nutr. 2009 Jan;89(1):425-30.)

VITAMINA D3

Em uma revista de pediatria americana, relataram que o autismo está relacionado à falta de vitamina D, e que estava mesma vitamina seria parte de seu tratamento.

Diversos estudos recentes têm mostrado que a deficiência de vitamina D é comum entre crianças autistas. Uma vez desenvolvida a doença, os sintomas podem ser regredidos por tratamento da deficiência em crianças com autismo, porém isso foi demonstrado apenas em ensaios clínicos controlados.

Referências:
1. Revista Online Pharmacia Essentia, 23/07/2012.
2. Hardan, A.Y., Fung, L.K., Libove, R.A., Obukhanych, T.V., Nair, S., Herzenberg, L.A., Frazier, T.W., Tirouvanziam, R. A randomized controlled pilot trial of oral N-acetylcysteine in children with autism. Biol Psychiatry. 2012 Jun 1;71(11):956-61.
3. Zavala, M., Castejón, H.V., Ortega, P.A., Castejón, O.J., Marcano de Hidalgo, A., Montiel, N. Desequilibrio de aminoácidos plasmáticos en pacientes autistas y en sujetos con trastorno de déficit de atención o hiperactividad. Rev Neurol 2001; 33 (5): 401-407.
4. Am J Clin Nutr. 2009 Jan;89(1):425-30
5. http://www.landesbioscience.com/journals/dermatoendocrinology/article/22942/?show_full_text=true
6. http://biodireitomedicina.wordpress.com/2013/01/02/vitamina-d-diminui-o-risco-de-autismo-nas-criancas-autism-prevalence-in-the-united-states-with-respect-to-solar-uv-b-doses-an-ecological-study/


4 Comentários

  1. Mara Ivete Ouriques disse:

    gostaria de saber mais, pois minha filha tem sindrome de down , com sinais de autismo, ela ainda não fala, esta com 5 anos

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